Porto Alegre RS: Estäo substituindo a Santa Missa por cultos ecumênicos


25.07.2010 - Nota de  www.rainhamaria.com.br - por Dilson Kutscher

Recebi de um amigo o seguinte E-mail:

No primeiro semestre de 2010, o capelão da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre informou ao Provedor daquela Instituição que iria substituir horários de missa por cultos ecumênicos. Apesar da discordância do Senhor Provedor, homem de muita fé e oração, com a disparatada proposta, o capelão insistindo na idéia de adotar esta prática, vem divulgando textos como que se intitula "Como acolher os irmãos de outras religiões?" , e que foi afixado no mural da Capela Senhor dos Passos da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.Também, o referido capelão, bem como seu assistente (padre), em desobediência ao amado Papa Bento XVI, vêm negando-se a dar a Sagrada Eucaristia aos fiéis que a desejam receber de joelhos. A pregação ecumênica da Senhor capelão, lembramos, está sendo feita em uma Instituição centenária que foi liderada pelo nosso saudoso Cardeal Dom Vicente Scherer e que portanto se trata de um ambiente tradicionalmente católico de longa data>

Recebi também do amigo Everth Queiroz Oliveira, do site http://beinbetter.wordpress.com defensor das tradições da Santa Igreja Católica, o seguinte artigo sobre este triste fato acima descrito.

Leiam e reflitam...

A SANTA MISSA OU O CULTO ECUMÊNICO?

Como entender o ecumenismo proposto pelo Concílio Vaticano II? A pergunta é importantíssima para os católicos do mundo inteiro, em especial para os católicos dessa nação. No entanto, mais importante que a existência da pergunta é a obtenção da resposta. No Brasil, tem se confundido o verdadeiro ecumenismo com um sincretismo religioso e com um irenismo relativista que, na verdade, só prejudicam e dificultam a existência de um diálogo em busca da unidade. E nós bem sabemos que “só na verdade é que a caridade refulge e pode ser autenticamente vivida” (Caritas in Veritate, n. 3). É preciso rejeitar toda proposta ecumênica que deixe de lado as verdades que foram ao longo dos séculos reveladas por Deus à Igreja Católica, única realmente fundada por Nosso Senhor.

Sim, reconhecer a importância do ecumenismo em nosso tempo nunca pode ser uma atitude tomada contra a fé da Igreja. Não há problema nenhum em ver no movimento ecumênico “um chamado de Deus, chamado deste à concórdia, à fraternidade e ao serviço pelo Reino”. O problema está em pensar que a intolerância da doutrina católica com as mentiras que são pregadas por outras comunidades religiosas é algo condenável. Jesus Cristo afirmou que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). E deixou bem claro: Ninguém vem ao Pai senão por mim. O diálogo com as denominações não-cristãs não pode deixar de lado essa verdade, assim como o diálogo ecumênico não pode deixar de lado o ensinamento dos Santos Padres e do Magistério, que incute a necessidade da Igreja para a salvação dos homens.

“Não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela” (Mortalium Animos, n. 16). Essa é a recomendação da Igreja para a execução de um ecumenismo católico. Não é defeito, portanto, querer que os irmãos de outras religiões reconheçam seus erros e tornem-se católicos, porquanto só assim a união dos cristãos se dará de maneira lícita. “É absolutamente necessário que toda a doutrina seja exposta com clareza. Nada tão alheio ao ecumenismo como aquele falso irenismo pelo qual a pureza da doutrina católica sobre detrimento e é obscurecido o seu sentido genuíno e certo” (Unitatis Redintegratio, n. 11). Ademais, ensina o Catecismo da Igreja que “não se podem salvar aqueles que, não ignorando que Deus, por Jesus Cristo, fundou a Igreja Católica como necessária, se recusam a entrar nela ou a nela perseverar” (§ 846).

Em nosso país, temos notícias de situações extremamente degradantes. Os horários que eram reservados à celebração do Santo Sacrifício da Missa estão sendo utilizados para a promoção de “cultos ecumênicos”, muitas vezes realizados com intuitos pouco ortodoxos. A Tradição é deixada de lado e os fiéis que querem receber a Sagrada Comunhão de joelhos e na boca têm que se levantar porque os sacerdotes negam dar-lhes o Corpo e Sangue de Cristo dessa maneira.

Pelo amor que Deus manifestou pela humanidade enviando seu Filho Jesus para nos salvar, pedimos que a celebração de renovação do Sacrifício da Cruz, pelo qual as almas são salvas, não seja deixada de lado. Pedimos que o ecumenismo e o diálogo religioso se dêem em total consonância com o Sagrado Magistério da Igreja, porquanto seria muito triste para essa Terra de Santa Cruz ver o Sacrifício da Missa, que existe na Igreja desde o primeiro século, reprimido em nome de celebrações que nem um século de vida têm.

E que a Santíssima Virgem, Mãe da Igreja, interceda pelo Brasil.

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Nota final por Dilson Kutscher

Quanto a negar a Sagrada Eucaristia aos fiéis que a desejam receber de joelhos, este Capeläo infelizmente vai contra o Papa Bento XVI.

Papa Bento XVI recupera a comunhão de joelhos

16.06.2008 - BRINDISI, Itália, - Depois de recuperar a missa tridentina em latim, o Papa Bento XVI deu neste domingo mais um passo para a restauração dos antigos hábitos litúrgicos, dando a comunhão aos fiéis ajoelhados, uma prática em desuso nos últimos 40 anos.

A recuperação aconteceu durante uma missa ao ar livre oficiada pelo Papa em Brindisi (sul da Itália) diante de 60.000 pessoas.
Bento XVI já havia feito o mesmo na última missa pública que havia celebrado, no dia 22 de maio na igreja de São João de Latrão en Roma, mas o acontecimento teve menos repercussão porque o público era menos numeroso.

A partir de agora, os fiéis escolhidos para receber a comunnhão do Papa devem se ajoelhar diante do Sumo Pontífice em um reclinatório e receber a hóstia diretamente na boca.
Deste modo, Bento XVI quer dar exemplo ao clero.

"Nós, os cristãos, nos ajoelhamos apenas diante do Santíssimo Sacramento (a hóstia) porque, nele, sabemos e acreditamos estar na presença do único e verdadeiro Deus", disse em 22 de maio.
"Estou convencido da urgência de dar novamente a hóstia diretamente na boca aos fiéis, sem que a toquem, e de voltar à genuflexão no momento da comunnhão como sinal de respeito", acrescentou. (Fonte: G1)

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O Papa afirmou recentemente que “ninguém é capaz de apascentar o rebanho de Cristo, se não vive uma profunda e real obediência ao Cristo e à Igreja” (Audiência Geral, 26 de maio).

A missão da Igreja não é agradar aos homens, mas a Deus.

"É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo". (Gl 1,10)

Aproveito também para publicar aqui, um abençoado texto do amigo e igualmente defensor das tradiçöes da Santa Igreja Católica, o Padre José do Vale.
No texto abaixo, podemos refletir se realmente é uma atitude säbia, trocar a Santa Missa por cultos ecumênicos

Trocar as Tradiçöes Seculares da Santa Igreja por tradiçöes puramente humanas??

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A MINHA SANTA IGREJA

“Também eu te digo que tu és Pedro e sobra esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as porás do inferno nunca prevalecerão contra ela”. (Mt 16, 18).

“Escrevo-te estas coisas esperando encontrar-te dentro em breve. Todavia, se eu tardar, saberás como proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3, 14.15).

Afirma Santo Inácio ( 107), bispo de Antioquia e mártir no Coliseu Romano: “Onde está o Cristo Jesus, está a Igreja Católica”.

A verdadeira Igreja do Deus vivo é: “Una, Santa, Católica e Apostólica”.
É una porque segue a unidade e comunhão trinitária (Jo 14.26: 17,21; I Jo 5, 7.8). É indivisível em seu Corpo (Ef 4, 3-6). Fiel ao modelo da túnica de Cristo (Jo 19, 23): “Um só Esposo para uma só Esposa”, daí a plenitude da unidade (Ap 19, 7; 21,9).
É una porque possui a sucessão apostólica através do Sacramento da Ordem, custodia a concórdia fraterna da família de Deus (CIC N. 815).
É santa aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Pois Cristo, Filho de Deus, que com Pai e o Espírito Santo é proclamado o ‘único santo’, amou a Igreja como sua esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus. A Igreja é, portanto, “o Povo santo de Deus” é seus membros são chamados “santos” (CIC N.823).
A Igreja é santa porque o seu Senhor e Cabeça é santo (Cl 1, 18).
É católica porque é enviada para pregar o Santo Evangelho de Cristo pelo mundo inteiro (Mt 28, 19; Mc 16, 15-20).
A palavra “católica” vem do grego Kath’ Holon, que significa “por toda parte”, ou seja, universal (Rm 1, 8; At 1, 8; Hb 12, 23).
É apostólica porque ela foi e continua sendo construída sobre “o fundamento dos apostólos” (Ef 20, 20; At 2, 42; 6, 1-6; 1 Cor 12, 28).
É apostólica porque ela conserva e transmite com a diligência do Espírito Santo que nela habita, o santo ensinamento, o depósito da fé (1 Tm 6, 19.20; 2 Tm 1, 11-14).
A doutrina apostólica permanece na Igreja Católica até a volta de Cristo.

A SOBRENATURALIDADE DA IGREJA

A verdadeira Igreja de Cristo é aquela que dar a conhecer aos Principados e às Autoridades nas regiões celestes, por sua multiforme sabedoria de Deus (Ef 3, 10).
Escreve São Paulo Apóstolo: “É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja (Ef 5, 32)”.

Realmente, grande é esse mistério comprovado na História da Igreja. Não temos palavras para descrever a sobrenaturalidade da Santa Madre Igreja.
A multiforme sabedoria de Deus na Igreja Católica é indescritível, indiscutível e indubitável. Tudo na Igreja prova de maneira incontestável a transcedência operacional da Santíssima Trindade.
A verdadeira Igreja do Deus vivo é aquele que tem a Sagrada Escritura como revelação de Deus, tem Jesus Cristo como seu fundador e cabeça, o Espírito Santo como consolador, guia e suscitador de novos movimentos estupendos, a Virgem Maria como bem-aventurada em todas as gerações, O Papa como sucessor de Pedro e os bispos como sucessores dos apóstolos, os mártires e confessores, os Padres do Deserto, polemistas e apologistas, religiosos e religiosas, monges, frades e místicos, cônegos e eremitas, evangelistas e missionários nos quatro canto do mundo, filósofos, teólogos, doutores, beatos e santos incontáveis, relíquias e estigmas, corpos de santos intactos – incorruptíveis, milagres eucarísticos e a pedagogia das aparições de Nossa Senhoras, romarias e procissões gigantescas, sinais, prodígios e maravilhas nos templos e santuários, devoções e espiritualidades populares de fé ímpar, colossais basílicas Marianas e dos Apóstolos, monumentais mosteiros e conventos, riquezas sem igual como o canto gregoriano e da arte sacra, Mestra e fundadora das universidades, guardiã de obras imortais, detentora das mais linda e crítica da História Eclesiástica, com 2000 anos de história venceu toda crueldade da ideologia humana, têm 21 concílios ecumêmicos, 7 sacramentos, é a maior instituição em realizações de obras de caridade, faz a maior campanha do mundo em defesa da vida, é a Igreja de pedras vivas, raça eleita, sacerdócio real, luz maravilhosa, a Igreja do Povo de Deus (1 Pd 2, 4-10 ).

Dizia São Pio de Pietrelcina (1887-1968): “Mantenha-se sempre muito unido à Santa Igreja Católica, pois somente ela pode lhe dar a verdadeira paz, porque somente ela possui Jesus sacramentado, que é o verdadeiro Príncipe da Paz”.

O AMOR, FUNDAMENTO DA IGREJA

A essência do cristianismo, à qual todos os membros da Igreja são chamados, pode resumir-se na caridade que é unidade. Reafirmou o Papa Paulo VI no seu conhecido discurso em Sidney, em dezembro de 1970: “A Igreja é caridade. A Igreja é unidade”.
O Papa Paulo VI tinha um amor colossal à Santa Madre Igreja. Vejamos o seu pensamento monumental sobre ela: “A Igreja! Ela é nosso amor constante, nossa solicitude, primordial, nosso pensamento fixo! Não se ama Cristo se não se ama a Igreja; e não amamos a Igreja se não a amamos como a amou o Senhor: “Amou a Igreja e por ela se entregou” (Ef. 5, 25)”.
O amor é o fundamento da Igreja. Sem a prática da caridade não existe relacionamento entre o homem e Deus, nem com o seu semelhante e nenhum tipo de comunidade eclesial.
A verdadeira Igreja é constituída na virtude do amor e da verdade.
É a caridade que nos remete na vida trinitária pericorética. Afirmava o grande apologista da fé cristã Tertuliano de Cartago (C. 160- c. 230): “Onde se encontraram os Três, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo, ali está a Igreja...”.
Comunhão, amor e verdade são as três principais características dos seguidores de Jesus de Nazaré (Jo 8, 32; 14,6; 15, 12; 17, 21).
Poderemos afirmar que a Igreja, nascida do amor de Deus, é por excelência caridade: “Todo o bem que o Povo de Deus, no tempo de sua peregrinação terrestre, pode prestar à família dos homens, derivado o fato de ser a Igreja ‘o sacramento universal da salvação’, manifestado e ao mesmo tempo operando o mistério de amor de Deus para com o homem” (GS n.45).
“A Igreja como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus, que é a comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. A Igreja cresce, não por proselitismo, mas por atração: como Cristo ‘atrai tudo para’ com a força do amor” (DA n.159).
Diz mais o Documento de Aparecida de forma abissal: “A Igreja é comunhão no amor. Esta é sua essência e o sinal através do qual é chamada a ser reconhecida como seguidora de Cristo e servidora da humanidade” (DA n. 161).

CRITICADA E MAL COMPREENDIDA

Devido à falta de conhecimento teológico e a má fé, a Igreja Católica recebe críticas injustas e comentários maldosos.
A Igreja nunca errou e jamais errará. Ela é imaculada. Foi constituída por Deus para ficar livre do pecado em toda sua peregrinação terrena.
A origem e fonte da sua criação e direção imaculada é o Divino Espírito Santo (At 13,1-4;15,28;20,28;1Cor12,3;Ap2,29).
A Igreja é o Corpo Imaculado, cujo Cabeça é o Cristo, Cordeiro imaculado, como pode pecar ou ser pecadora?
Quem erra e peca são os seus filhos, que são pecadores. Todavia, são regenerados pelo batismo (Rm 6, 4; 1 Pd 3, 21). Purificados pela Palavra de Deus (Jo 15, 3-8). Justificados pela fé em Cristo e pelo seu sangue (Rm 5, 1.9).
Tanto o batismo como a Palavra e o Corpo de Cristo nos santificam (Jo 17, 17; 1 Cor 12, 13; Hb 10, 10.14).
A Igreja é radicalmente santa, não é só em relação aos batizados e aos escolhidos, mas também na sua dimensão altamente transcendental, no contexto de comunhão dos santos, dos anjos e da plenitude Trinitária. (Mt 22, 14; 28, 19; Lc 16, 1-31; 23, 42.43: At 5, 19; 10, 1-3; 2 Cor 12, 1-4; 1 Jo 5, 7.8).
Para o homem que busca a verdade eclesiástica e tem boa vontade, não se deixará enganar pela patranha dos inimigos da Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Disse o renomado psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981): “A verdadeira religião cristã é a romana”.
O grande intelectual inglês Gilbert K. Chesterton (1874-1936) afirmou: “A Igreja Católica é a única coisa que salva o homem da degradante escravidão de ser um filho de sua época”.
Chesterton dizia explicando os caminhos da conversão.

CONCLUSÃO

Diante de um mundo deteriorado, inseguro e cheio de ideologias perniciosas, temos a Santa Madre Igreja como porto seguro, verdade absoluta e fortaleza da esperança eterna.
O centro de nossa santíssima fé é a Santíssima Trindade.
O nosso Caminho e Jesus Cristo.
O nosso Consolador é o Espírito Santo.
O nosso alimento é a Santíssima Eucaristia.
A nossa Mãe é a Virgem Maria.
A nossa Igreja é Católica Romana.
O nosso exemplo são os santos.
A nossa missão é evangelizar.
A nossa prática é o amor.
A nossa casa é o céu.


Pe. Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
Email: [email protected]

BIBLIOGRAFIA

Cechinato, Luiz. Os vinte séculos de caminhada da Igreja, Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

Bettencourt, Estêvão. Igreja Católica, denominações cristãs e correntes religiosas, Aparecida, SP: Editora Santuário, 1999.

 


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