União estável de 1 homem com 2 mulheres é reconhecida pela Justiça do Amazonas


08.04.2013 -

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A decisão, incomum nas Varas de Família, também abre possibilidade para que outras famílias em situações semelhantes possam pedir esse direito na Justiça.

A união estável simultânea de um homem com duas mulheres foi reconhecida pelo juiz de Direito da 4ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Manaus, Luís Cláudio Cabral Chaves, esta semana. O processo é de 2008, iniciado quase dois anos depois do envolvido nos relacionamentos ter falecido.

Trata-se de uma decisão incomum nas Varas de Família.As duas mulheres, após a morte do companheiro, ficaram impedidas de receber os direitos previdenciários e de resolver questões patrimoniais. A partir de agora, com a sentença transitada em julgado, as duas poderão requerer esse direito. A decisão também abre possibilidade para que outras famílias em situações semelhantes possam pedir esse direito na Justiça. Ainda cabe recurso da sentença.

Conceito ampliado

De acordo com o magistrado, que falou por meio da assessoria do Tjam, a ideia tradicional de família, para o Direito brasileiro, era aquela que se constituía pelos pais e filhos unidos por um casamento, regulado pelo Estado. “A Constituição Federal de 1988 ampliou esse conceito, reconhecendo como entidade familiar a união estável entre homem e mulher. O Direito passou a proteger todas as formas de família, não apenas aquelas constituídas pelo casamento, o que significou uma grande evolução na ordem jurídica brasileira, impulsionada pela própria realidade”, explicou.

Ele disse ainda que a mesma realidade impõe hoje discussão a respeito das famílias simultâneas. “Deixar de reconhecê-las não fará com que deixem de existir. Não se pode permitir que em nome da moral se ignore a ética, assim como que dogmas culturais e religiosos ocupem o lugar da Justiça até porque o Estado brasileiro é laico, segundo a Constituição Federal”, acrescentou.

Durante as audiências com o testemunho das duas mulheres e dos interessados (filhos do falecido), além de depoimentos de vizinhos, colegas de trabalho e conhecidos dos envolvidos no caso, ficou claro ao magistrado que as duas conviventes não tinham conhecimento da existência uma da outra e nem dos filhos gerados nesses relacionamentos.
Segundo o magistrado, a jurisprudência nos Tribunais, quando se analisa união estável paralela, é variada e, de modo geral, “grande parte nega proteção com base no Direito de Família, no princípio da monogamia, ou com base na mera diferenciação entre concubinato e união estável, gerada pela simples presença de um impedimento matrimonial”.

*Com informações da Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam)

Fonte: UOL  noticias

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Lembrando...

Arcebispo de Nova York adverte: depois do casamento homossexual, pode vir a poligamia

14.07.2011 - Após a decisão de Nova York de permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o arcebispo Timothy M. Dolan alertou que, no futuro, o Estado poderia chegar a permitir a poligamia.

A reportagem é do sítio Independent Catholic News, 10-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Em seu blog oficial, The Gospel in the Digital Age [O Evangelho na Era Digital], o arcebispo Dolan disse, no dia 7 de julho, que a Igreja Católica tem sido uma voz profética ao alertar que o divórcio sem culpa, a coabitação e a promiscuidade levariam a “um barateamento do vínculo matrimonial e um dano aos nossos filhos”.

“E agora novamente tocamos o sino da torre com essa última diluição da autêntica compreensão do casamento, temendo que o próximo passo seja uma outra redefinição para justificar os múltiplos parceiros e a infidelidade”, escreveu.

Dom Dolan também disse estar preocupado que a nova lei e legislações semelhantes nos EUA possam sufocar os direitos religiosos. “O problema é não a homofobia, mas sim a teofobia – o ódio de alguns por Deus, pela fé, pela religião e pela Igreja”.

“Se a experiência daqueles outros poucos Estados e países onde isso já é lei nos dá alguma indicação”, os fiéis “logo serão perseguidos, ameaçados e levados aos tribunais devido à sua convicção de que o casamento é entre um homem e uma mulher”, disse ele.

O arcebispo de Nova York sublinhou que, desde o início, o objetivo dos católicos nessa luta “era pró-matrimônio, nunca antigays”. “Como eu respondi recentemente a um repórter que perguntou se eu tinha alguma mensagem à comunidade gay, ‘sim, eu amo vocês. Todas as manhãs eu rezo com e por vocês e pela sua verdadeira felicidade e bem-estar. Estou honrado pelo fato de que muitos de vocês se sentem em casa dentro da nossa família católica, em que, assim como os demais, nós tentamos, com a ajuda da graça e da misericórdia de Deus, conformar nossas vidas a Jesus e à Sua mensagem”.

O arcebispo Dolan afirmou que, em última análise, apesar da legislação em favor do casamento homossexual e da subsequente intolerância às crenças religiosas, a Igreja sempre se levantou e se levantará em nome do casamento – “um homem e uma mulher, unidos no amor eterno e fiel”.

“Nada disso é antininguém, mas simplesmente pró-matrimônio”, escreveu ele.

Fonte: http://fratresinunum.com   -   www.rainhamaria.com.br

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