O teólogo "queridinho" de Francisco, o Cardeal Walter Kasper, declara: As uniões homossexuais são “análogas” (semelhantes) ao casamento cristão


20.03.2018 -

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Por Matthew Cullinan Hoffman

O cardeal Walter Kasper, cuja teologia parece ser a principal inspiração da doutrina do Papa Francisco para a abertura da Sagrada Comunhão às pessoas que vivem em estado de adultério, em segundos casamentos, parece agora afirmar que as uniões homossexuais possuem “elementos” do casamento cristão, sendo até mesmo “análogas”, no sentido em que são "semelhantes" à relação entre a Igreja Católica e as comunidades cristãs não-católicas.

Mais até, o cardeal atribui as suas reivindicações à exortação apostólica do Papa Francisco Amoris Laetitia, apesar de o documento contradizê-lo explicitamente.

“O papa não deixa margem para dúvidas em relação ao fato de que casamentos civis, uniões de fato, novos casamentos depois de um divórcio (Amoris Laetitia 291) e uniões entre pessoas homossexuais (Amoris Laetitia 250s) não correspondem à conceção cristã de casamento“, escreve Kasper num livro recentemente lançado sobre Amoris Laetitia.

“Ele diz, no entanto, que alguns desses parceiros podem perceber de forma parcial e análoga alguns elementos do casamento cristão (Amoris Laetitia 292)”, continua Kasper.

Kasper compara essas relações com a relação entre a Igreja Católica e os grupos cristãos não-católicos relativamente aos quais o Concílio Vaticano II afirma que contêm “elementos de santificação e verdade” da Igreja.

“Tal como fora da Igreja Católica existem elementos da Igreja verdadeira, nas uniões acima mencionadas podem existir elementos presentes no casamento cristão, embora não realizem completamente, ou ainda não realizam completamente, o ideal”, acrescenta Kasper .

As declarações aparecem no pequeno livro de Kasper, “A Mensagem da Amoris Laetitia: Uma Discussão Fraternal”, recentemente publicado, simultaneamente, em alemão e italiano.

Na mesma obra, Kasper também insinua que a Amoris Laetitia abre o caminho para permitir o uso da contracepção uma prática universalmente condenada pelas Escrituras, pela Igreja, mais recentemente pelos Papas Paulo VI e João Paulo II.

Kasper observa que, na Amoris Laetitia, o Papa apenas “incentiva o uso do método de observar os ciclos de fertilidade natural” e “não diz nada sobre outros métodos de planeamento familiar, evitando todas as definições casuísticas”. No contexto das passagens do livro sobre a comunhão para aqueles que cometem adultério em segundos “casamentos”, que usa linguagem semelhante, Kasper parece reivindicar que o Papa permite exceções à condenação que a Igreja faz sobre o controlo artificial da natalidade.

Kasper contradiz João Paulo II – e até mesmo a Amoris Laetitia

As palavras de Kasper sobre as uniões homossexuais parecem contrariar diretamente não apenas os ensinamentos de João Paulo II, mas até mesmo a Amoris Laetitia, o documento que ele pretende explicar.

Sob o pontificado de João Paulo II e a administração do cardeal Josef Ratzinger (mais tarde Papa Bento XVI), a Congregação para a Doutrina da Fé expressou repúdio perante a ideia de que as uniões homossexuais possam ser consideradas “análogas” ao casamento. O documento foi emitido em 2003 e recebeu a aprovação de João Paulo II.

“Não existe nenhum fundamento para equiparar ou estabelecer analogias, mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o matrimónio e a família”, declarou a Congregação. “O matrimónio é santo, ao passo que as relações homossexuais estão em contraste com a lei dos homens. Os atos homossexuais «fecham, de fato, o ato sexual ao dom da vida».” Não são fruto de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual. Não se podem, de maneira nenhuma, aprovar.“

Os parágrafos da Amoris Laetitia citados por Kasper para justificar o tratamento das uniões homossexuais como “análogas” ao casamento não possuem uma referência clara às uniões homossexuais, referindo-se meramente aos “elementos construtivos nessas situações que ainda ou já não correspondem ao ensinamento sobre casamento“.

Bispos alemães procuram legitimar uniões homossexuais

O aparente desejo do cardeal Kasper de legitimar as uniões homossexuais reflete o pensamento de vários bispos influentes na hierarquia alemã.

O vice-presidente da Conferência Episcopal Alemã, bispo Franz-Josef Bode, disse recentemente que as uniões homossexuais incluem aspetos “positivos e bons” e propôs bênçãos para estas. Fez também comentários semelhantes em 2015.

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O cardeal Reinhard Marx, membro do Conselho de Consultivo de Cardeais do Papa, no início deste ano, aparentemente apoiou a possibilidade de se abençoar as uniões homossexuais, mas depois parece ter retrocedido, após uma pesada crítica, afirmando que apenas queria dar a esses casais “encorajamento espiritual”.

Em junho de 2015, o bispo Heiner Koch, de Dresden-Meissen (agora arcebispo de Berlim), foi citado pelo jornal alemão Die Tagespost deste modo: “Qualquer vínculo que fortaleça e mantenha as pessoas, a meu ver, está bem; isso aplica-se também às relações homossexuais”.

A página dos bispos alemães Katholisch.de publicou um artigo em 2015 defendendo a noção de bênção das uniões homossexuais e atacando o bispo alemão Stefan Oster, que supervisiona a diocese de Passau, pela defesa do tradicional ensinamento moral da Igreja a respeito da sexualidade.

O próprio cardeal Kasper apoiou publicamente a aprovação irlandesa da legalização do “casamento” homossexual em 2015, dizendo: “Um Estado democrático tem o dever de respeitar a vontade do povo; e parece claro que, se a maioria das pessoas quer essas uniões homossexuais, o Estado tem o dever de reconhecer esses direitos”.

Não obstante, em fevereiro, o cardeal Gerhard Ludwig Müller, antigo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, condenou tais bênçãos, da mesma forma que alguns outros bispos alemães e austríacos.

“Se um padre abençoa um casal homossexual, isso é uma atrocidade num lugar sagrado, na verdade, para aprovar algo que Deus não aprova”, afirmou Müller.

Kasper está preocupado com a palavra “heresia” usada contra as doutrinas do Papa

Ao anunciar a publicação do livro, Kasper queixou-se de que as pessoas têm usado a palavra “heresia” para descrever o ensinamento de que a Sagrada Comunhão pode ser dada a pessoas em estado habitual de adultério, que parece ser o que Papa Francisco ensina na sua exortação apostólica Amoris Laetitia.

“Há um debate muito azedado [sobre o ensinamento do Papa], muito forte, com acusações de heresia”, disse Kasper numa entrevista recente ao Vatican News, serviço noticioso oficial da Santa Sé, sobre [o livro] “A Mensagem da Amoris Laetitia“.

No seu livro, Kasper protesta contra os teólogos que acusaram Francisco de heresia, escrevendo em nota de rodapé: “Quem, para além do Magistério, tem o direito de fazer uma acusação desse tipo? Já não tem validade o princípio de que até que alguém seja legitimamente condenado deve ser considerado dentro da ortodoxia da Igreja? “

Fonte:  LifeSiteNews a 14.03.2018 - Tradução: odogmadafe.wordpress.com

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Catecismo da Igreja Católica - Sobre castidade e homossexualidade

2357- “A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19,1-29; Rm 1,24-27; 1Cor 6,9-10; 1Tm 1,10), a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados”.

Lv 18, 22: “Não te deitarás com um homem como te deitas com uma mulher. É uma abominação”.

Lv 20, 13: “O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometem uma abominação, deverão morrer, e o sangue cairá sobre eles”.

Rm 1, 26s: “Deus os (pagãos) entregou-se a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga da sua aberração”.

1Cor 6, 9s: “Não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais! Nem os impudicos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus”.

2358- Um número significativo de homens e mulheres tem tendências homossexuais profundas. Essa inclinação, objetivamente desordenada, constitui para a maioria deles um teste autêntico. Eles devem ser bem-vindos com respeito, compaixão e delicadeza. Todos os sinais de discriminação injusta serão evitados. Essas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em suas vidas e, se elas são cristãs, unirem ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.

2359- As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Através de virtudes de auto-domínio que educam a liberdade interior, e às vezes através do apoio de uma amizade desinteressada, oração e graça sacramental, eles podem e devem aproximar gradualmente e resolutamente a perfeição cristã.

 

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