Beato Píer Giorgio Frassati: Jesus vem a mim a cada manhã na Santa Comunhão e eu o retribuo de uma maneira pequena visitando os pobres. Visitar os pobres, é visitar a Jesus!


07.03.2019 -

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Os jovens de hoje em dia que buscam viver uma vida de santidade, que desejam apaixonadamente viver como nosso Senhor e Amigo Jesus Cristo o qual nos convida com a promessa segura e fiel de uma verdadeira vida e plena felicidade, não podem de forma alguma desconhecer a vida e o exemplo do Beato Píer Giorgio Frassati.

Temos a imagem de que os Santos foram pessoas que viveram muitos anos atrás, que eram pessoas que fugiam das boas coisas da vida, eram reclusas, solitárias e tímidas, que passavam o dia todo entre missa, adoração e a reza do terço. É claro, o próprio Píer Giorgio nos diz isso, que a vida de intensa oração é o caminho seguro “para obter de Deus a graça sem a qual as nossas forças são vãs”, no entanto podemos ver que aquelas imagens presentes em muitas das Igrejas de santos como pobrezinhos, no sentido de coitadinhos e de expressão triste não é condizente com a realidade. Os santos foram homens e mulheres que souberam e reconheceram suas fraquezas se entregando completamente aos cuidados de Deus.

G.K. Chesterton, um dos maiores escritores do século XX, que se vê às margens do processo de beatificação, escreveu uma vez que: “[o] que separa um santo dos homens ordinários é sua disposição habitual de se confundir com os homens ordinários". E continuava: “O Santo é um medicamento, porque ele é um antídoto. Certamente é por isso que o santo é muitas vezes um mártir, ele é confundido com um veneno, porque ele é um antídoto. Ele geralmente será procurado para restaurar a sanidade do mundo, exagerando o que o mundo ignora, que nem sempre é o mesmo elemento em todas as idades. No entanto, cada geração procura o seu santo por instinto, e ele não é o que as pessoas querem, mas sim o que o povo precisa”. (...) ”Por isso, é o paradoxo da história, que cada geração é convertida pelo santo que contradiz mais.”

Pedro Jorge Frassati nasceu em Turim, Itália, em 6 de abril de 1901. Sua mãe, Adelaide Ametis, era pintora. Seu pai, Alfredo, agnóstico, foi fundador e diretor do jornal liberal “La Stampa”. Homem influente entre os políticos italianos, desempenhou também os cargos de Senador e Embaixador da Itália na Alemanha. O Senador Frassati era agnóstico falando, mas sua mãe Adelaide, pintora de profissão, era católica, ainda que não muito comprometida.

Píer Giorgio nos demonstrou que a santidade é uma meta alcançável para todos. Ele é exemplo de que podemos nos santificar fazendo coisas simples do dia a dia. Que, apesar de nossas fraquezas e misérias, podemos contar com a Providência Divina. Se você acha que a santidade está longe ou que é impossível, pense que em toda a história da Igreja ela está repleta de homens e mulheres generosos que humildemente se deixaram conduzir pela Graça.

O BEATO PÍER GIORGIO E OS POBRES

Disse uma vez a um amigo: “Jesus vem a mim a cada manhã na Santa Comunhão e eu O retribuo de uma maneira pequena visitando os pobres”.

Quando um amigo o perguntou como ele podia agüentar os odores e a sujeira das favelas, ele respondeu: “Nunca esqueça que mesmo sendo a casa miserável, você está se aproximando de Cristo. Em meio aos doentes e desafortunados, vejo uma luz peculiar, uma luz que não temos.”

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Os pobres e os sofredores eram seus donos e ele foi para eles um verdadeiro servo, vivendo essa ocupação como um privilégio. Em Pedro Jorge, a caridade não consistia só em entregar algo para os demais, mas, antes em se entregar a si mesmo por inteiro. Essa caridade se sustentava diariamente com Jesus Cristo Eucaristia, com a freqüente adoração noturna, com a meditação do hino da caridade de São Paulo e com férias na casa de verão da família Frassati, no vilarejo de Pollone, já que “Se todos saem de Turim, quem vai se encarregar dos pobres?”.

Apesar da riqueza da família, Píer Giorgio andava sempre sem um centavo no bolso porque seus pais não lhe davam mais que o estritamente necessário e ele mesmo assim doava para as obras de caridade. Era comum seus amigos o virem ele voltando para a casa a pé por ter doado por caridade o dinheiro que tinha. Um dia lhe perguntaram o porque ele sempre viajava de terceira classe: “Porque não há a quarta”, respondeu.

Um dia convidou um de seus amigos a um maior compromisso de caridade, fazer visitas aos pobres. O amigo lhe disse que tinha medo de entrar em casas tão miseráveis, onde tudo é sujeira e onde as doenças contagiosas estão por todos os lugares, mas Píer Giorgio lhe respondeu: “Visitar os pobres, é visitar a Jesus!”.

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Em outra ocasião escreveu a um amigo: “Viver sem uma fé, sem um patrimônio para defender, sem um esforço constante, pela verdade, não é viver mas somente existir.”

Segundo os médicos, visitando os pobres, Píer Giorgio se contagiou de Poliomielitis fulminante, que o levo a morte em uma semana. No dia 30 de junho de 1925, voltando para casa, sentiu uma estranha dor de cabeça e falta de apetite. Como nesses dias sua avó estava morrendo, ninguém, nem ele mesmo para não incomodar, deu importância a enfermidade.

Quando seus pais se deram conta do que sucedia, já era muito tarde: o soro que pediram para do Instituto Luis Pasteur de París, França, não chegou a tempo para salva-lo. Morreu no dia 4 de julho, com apenas 24 anos de idade.

Com a humildade e desapego com que vivia enfrentou na sua plena juventude a morte. Ou melhor, encontrou Jesus a quem amava, pelo qual havia lutado na Universidade e nas ruas, entre os pobres e na montanha.

Os primeiros a se assustarem em seu enterro foram seus próprios pais: não somente vieram muitíssimos amigos, mas também milhares de pobres. Compreenderam, que seu filho era muito amado e viram a grandeza que foi Píer Giorgio Frassati. Os pobres a quem Frassati cuidou por sete anos, também se assustaram ao saber que o jovens pertencia a uma família tão rica.

Foi sepultado a princípio no tumulo da família Frassati em Pollone, onde foi visitado por ninguém menos que João Paulo II em 1989, que disse:

“Quero render homenagem a um jovem que soube ser testemunho de Cristo com singular eficácia no nosso século. Eu também conheci, na minha juventude, a benéfica influência de seu exemplo cristão”.

Depois seus restos mortais foram trasladados a Catedral de Turín, aonde milhares peregrinos visitam para agradecer e pedir favores e se espelhar em seu exemplo.

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Seu processo de beatificação foi iniciado em 1932. Na última etapa foi aberta seu túmulo e os testemunhos do evento ficaram admirados ao descobrirem que seu corpo estava incorrupto e seu rosto estava sereno e com um sorriso.

Em 20 de maio de 1990, na Praça de São Pedro, diante de dezenas de milhares de fiéis, o Papa João Paulo II beatificou Pedro Jorge Frassati, considerando-o como “O Homem das oito Bem-Aventuranças”. Ninguém melhor do que ele para receber tamanha honra.

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“No nosso século, Píer Giorgio Frassati, a quem em nome da Igreja eu tive a alegria de proclamar Beato, encarnou na própria vida estas palavras de São Pedro. O poder do Espírito da Verdade, unido à Cristo, tornou-o moderna testemunha da esperança, que provém do Evangelho, e da graça de salvação operante no coração do homem. Deste modo, ele tornou-se a testemunha viva e o defensor corajoso desta esperança, em nome dos jovens cristãos do século XX".

“A fé e a caridade, verdadeiras forças motrizes da sua existência, tornaram-no ativo e operoso no ambiente em que viveu, na família e na escola, na universidade e na sociedade; transformaram-no em alegre entusiasta apóstolo de Cristo, em apaixonado seguidor da sua mensagem e da sua caridade. Toda imersa no mistério de Deus e toda dedicada ao constante serviço ao próximo: Assim se pode resumira sua jornada terrena".

"Na ação Católica ele viveu a vocação cristã, com alegria e orgulho e empenhou-se em amar Jesus e em divisar nele os irmãos que encontrava pelo caminho ou buscava nos lugares de sofrimento, da marginalização e do abandono, para fazer com que eles sentissem o calor da sua solidariedade humana e o conforto sobrenatural da sua fé em Cristo. Morreu jovem, ao término duma existência breve, mas, extraordinariamente rica de frutos espirituais, encaminhando-se para a verdadeira pátria a cantar os louvores a Deus".

Traduzido do folheto E.V.C. (El Verdadeiro Catolicismo), México, D.F.. Por  R.P. Pedro Herrasti, S.M.. Acréscimos e modificações foram feitas pelo tradutor.

Visto em: http://amigocruz.blogspot.com.br

 

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