Meta comunista: Desunir a Igreja Católica para destruí-la


06.09.2019 -

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Por Luis Dufaur

Um sacerdote católico da província chinesa de Jiangxi, interrogado pela imprensa ocidental descreveu a nova estratégia comunista para destruir a Igreja.

O padre explicou que “nos primeiros anos de ditadura, o comunismo se engajou no confisco das propriedades da Igreja e numa violenta repressão do catolicismo ‘subterrâneo’ [porque se refugiou em ‘catacumbas’].

“Ele prendia os sacerdotes e religiosos chineses e expulsava pela força os missionários estrangeiros, inclusive os lazaristas que eram muito populares.

“Porém, as prisões e violências não serviram para destruir a Igreja. Pelo contrário, a perseguição impulsionou um número crescente de pessoas a acreditar em Deus”.

“Em pouco mais de dez anos, acrescentou o sacerdote, o número de fiéis havia crescido exponencialmente.

“Isso foi uma coisa que o Partido Comunista Chinês não tinha previsto e que fez compreender ao regime que os encarceramentos eram inúteis”

A factícia Igreja Patriótica

No início dos anos 1950, o governo criou a factícia Igreja Patriótica e constrangeu os católicos a entrar nela rompendo a obediência ao Papa.

Nesse período, ficaram fiéis ao Papa religiosos como Dom Pedro José Fan Xueyan (1907-1992), bispo católico cativo durante mais de 30 anos porque se recusou a romper a lealdade devida ao Vaticano.

Foram capturados muitos fiéis e clérigos que imitavam a Mons. Fan e boicotavam a Igreja Patriótica.

Para grande desapontamento do PC, havia outros bispos como Dom Fan Xueyan. Dom Tomás Zeng Jingmu (1920-2016), falecido, sexto bispo da diocese católica de Yujiang, padeceu perto de 30 anos no cárcere recusando a adesão à Associação Patriótica.

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Depois do excarceramento permaneceu constantemente vigiado pelo Partido Comunista. Ele era assediado a toda hora, proibido de se movimentar ou presenciar atos na Igreja.

O sacerdote explicou que “as autoridades queriam impedir que aparecesse um novo bispo ‘clandestino’ com a mesma influência de Dom Fan ou de Mons. Zeng”. Não adiantou.

A nova estratégia do Partido Comunista Chines: Dividir para destruir

O Partido Comunista mudou agora a estratégia. Começou a aplicar um novo método de destruição que consiste em desagrega-la por dentro promovendo a desunião.

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Segundo narrou o sacerdote, os ideólogos do comunismo concluíram que esse era o único modo de destruí-la, porque quando mais se enrijecia a perseguição mais aumentavam as adesões.

O PC concluiu que o método ideal consistiria em desagregar as religiões internamente. “Esse é o artifício para destruir nossa diocese. É espantoso porque não há modo de se prevenir contra este tipo de perseguição”.

O sacerdote acrescentou que o comunismo aplica três táticas fundamentais.

A mais significativa consiste em pôr sob espionagem os bispos que recusam aderir à Igreja Patriótica.

A segunda implica fechar os seminários clandestinos.

A terceira visa reduzir o número dos locais de reunião dos fiéis.

Os socialistas trabalham duramente para que o clero clandestino de todas as dioceses adira à Igreja Patriótica.

Quando prisões e ameaças não funcionam, apelam à tortura ou a corrupção. Mas se os religiosos continuam resistindo devem ser assediados incessantemente para que não possam exercer seus deveres e sua liderança. Hoje são assediados até bispos que têm 80 ou 90 anos.

“Aqueles que aceitam aderir à Igreja Patriótica são promovidos logo, recebem aposentadoria e excelentes benefícios.

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“As astúcias do demônio são malvadas, ele analisa atentamente o coração dos homens e faz alavanca em seus pontos de maior debilidade”.

Ele contou que a um padre da diocese de Jiangxi ofereceram centenas de milhares de yuan para que aderisse à Igreja Patriótica, mas recusou.

Com base no Acordo entre a Santa Sé e o Partido Comunista, cada vez que o Vaticano reconhece um bispo notório por suas posições favoráveis ao Partido, muitos fiéis se recusam a participar em suas celebrações.

Assim a Igreja se divide. O próprio Partido Comunista mantém em segredo que vários clérigos outrora “clandestinos” aderiram à Igreja Patriótica porque teme que percam influência sobre os fiéis.

Dessa maneira, segundo o sacerdote que quis conservar o anonimato, “o PC vai corrompendo as pessoas e cria o caos na Igreja e dessa forma causa rupturas internas. Essa é uma tática extremamente perversa!”.

O PC, como ateu que é, desconhece que “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.” (São João, 10, 27).

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Os fiéis logo percebem o mau cheiro do lobo disfarçado de pastor. E acontece até que religiosos “patrióticos” se somam aos fiéis “clandestinos” das “catacumbas”.

Veja-se o caso do jovem bispo auxiliar de Shangai Mons. Taddeo Ma Daqin que apenas sagrado renunciou clamorosamente à Igreja Patriótica ante a catedral lotada de fiéis que o aplaudiam.

Ele foi sequestrado na hora pela polícia na porta da catedral e ainda continua em prisão. Agora é um herói a mais da resistência católica.

Visto em: ipco.org.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa. Mas vos farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viesse e não lhes tivesse falado, não teriam pecado; mas agora não há desculpa para o seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai". (João, 15,18-23)

 

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