Norte de Minas Gerais: Urubu não está dando conta de tanto animal morto pela seca, diz criador


31.01.2014  -

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A cena desoladora no município de Glaucilândia representa mais ou menos o que é qualquer crise: muitos sofrem e alguns conseguem tirar vantagem da situação. Na cidade no norte de Minas Gerais, a seca está deixando um rastro de animais em decomposição e favorecendo a cadeia alimentar de outros. "Eles morrem de fome e sede e os urubus não estão dando conta de comer tanto animal nessa região", lamenta o produtor Manoel Vieira, de 75 anos, todos vividos na roça.

De janeiro a setembro deste ano choveu apenas 104 milímetros - a última gota caiu em abril. Para efeito de comparação, foram registrados 1.197 milímetros de chuva ao longo do ano passado - e essa quantidade não foi suficiente para repor o nível dos rios no município. Rios importantes como o Rio das Pedras e Verde Grande, afluente do São Francisco, estão secando por causa da estiagem prolongada. Segundo ambientalistas do Instituto Vidas Áridas, a região vive o quarto ano de uma estiagem prolongada que é considerada a pior dos últimos 50 anos.

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O local que Manoel Vieira tinha destinado ao pasto agora não passa de terra batida, que não brota nem uma muda de capim. O sonho de se tornar grande criador de gado virou luta para não deixar morrer os oito animais restantes na propriedade.

"Nunca vi algo igual. O tempo já foi muito bom, mas agora é esperar ajuda de Deus. Não há mais pasto, é tudo terra. Já tentei vender, mas ninguém aqui quer comprar, porque é quase certo que vão morrer de sede”, afirma.

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Neste município com cerca de 3.000 habitantes, a principal fonte de renda provém da agricultura familiar, mas a seca tem trazido sérias consequências para as lavouras. De acordo com dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), somente na safra 2013/2014, a seca gerou um prejuízo de mais de R$ 3 milhões para o município. A perda na lavoura de milho foi de 80% e a de feijão foi de 100%.

Lavar vasilha na torneira é coisa de luxo na casa de Maria Aparecida Siqueira. Com o marido desempregado e um filho portador de deficiência mental, os problemas se agravam com a falta d'água. “Quando chega água do poço, é uma água calcária. Então, tenho que buscar nos vizinhos, muitas vezes, no balde mesmo, só para beber”, explica.

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A produtora Vanderlúcia Gomes preparou parte de terreno para cultivar alimentos de subsistência, mas poucas brotaram. "Já faz algum tempo que não comemos quase nada daqui, temos que comprar", afirma.

Em Minas Gerais, 149 municípios decretaram estado de emergência por causa da seca. 95 deles são do norte e noroeste do estado. Os prejuízos advindos das últimas três secas consecutivas no norte do estado, segundo a Emater, somam R$ 800 milhões.

Vanderlúcia faz parte das 121 famílias do município cadastradas no programa Garantia-Safra. Segundo o gestor municipal, um novo cadastro está sendo realizado para aumentar o número de famílias atendidas pelo programa.

Sem água no lençol

Muitos poços artesianos são abertos na região, mas não encontram água no lençol freático. Cenário vivido no município que desaminou o gestor municipal.

“Precisamos de chuva. Os poços artesianos já não dão conta de atender a população. A seca gera problemas em cadeia, pois o lavrador não produz e, assim, o dinheiro também não circula no comércio”, afirma o prefeito Geraldo Martins.

Manoel Teixeira, de 52 anos, é outro sertanejo que luta contra a seca. A espera da chuva preparou a terra e as sementes plantadas serviram de alimento para os pássaros que também lutam pela sobrevivência na região.

“Arei a terra e já perdi muitas sementes, as que não queimaram no sol serviram de comida dos pássaros”. Mesmo assim, com o espírito de homem da roça, ele não desiste, mesmo diante do sol forte e da poeira intensa do sertão. Com o olhar distante e cansado, afirma que não pretende deixar seu pedaço de chão e os animais que possui.

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“Peço a Deus que mande chuva para gente. Está muito difícil, não tem pasto e nem água. Só Ele pode nos ajudar”, clama.

Já na fazenda do criador de gado leiteiro Marcelo Brant a falta de água gerou problemas para manter a produção. A expectativa, com o mesmo número de vacas, era de 500 litros de leite por dia, mas consegue no máximo 150 litros.

Segundo o produtor, há cerca de três meses acumula um prejuízo mensal de R$ 7 mil para manter a fazenda. Ele também está cortando a lavoura de milho antecipadamente para não deixar o gado morrer. “Estamos gastando a última reserva para alimentar os animais. Daqui para frente não dá mais”, diz.

Fonte: G1

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Nota de www.rainhamaria.com.br

 

Por Dilson Kutscher

A maior seca acontece no coração dos homens e reflete nas fontes de água da Terra.

 

Diz na Sagrada Escritura:

"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)

"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita.
Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)

"Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa"? (Jeremias 9, 11)

"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo.  E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)

"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro animal clamar: Vem! E vi aparecer um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha uma balança na mão. Ouvi então como que uma voz clamar no meio dos quatro Animais: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; mas não danifiques o azeite e o vinho!" (Apocalipse 6, 5-6)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)

 

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