15.11.2016 - Hora desta Atualização - 19h00

Na foto o líder Evo Morales dá a Bergoglio (que agradeceu) uma foice e martelo anexado com o crucifixo. O mesmo símbolo é retratado em uma medalha concedida pelo Morales que Bergoglio, nessa ocasião, trouxe no pescoço.

A "anti-globalização" têm agora um líder planetário: o Papa Bergoglio. No entanto, não se definem "anti-globalização", mas "alter-globalistas" porque eles querem a globalização, mas "de uma forma diferente."

Eu expliquei ontem, em uma entrevista, Vittorio Agnoletto - porta-voz do protesto contra o G8 em Génova em 2001 - precisamente apontando para Papa Francisco por sua "referência ética e moral".

Especialmente agora que - diz Agnoletto - "a esquerda política está dissolvida" e no cenário mundial aparece: Trump.

"Há cinco dias" - diz ainda Agnoletto - "o Papa convocou no Vaticano uma reunião com 180 personalidades, líderes e protagonistas de movimentos sociais. Eu estava lá. Nós trabalhamos, além das crenças religiosas do indivíduo, em três temas propostos por ele pessoalmente: trabalho, casa e terra. A esta foi adicionada uma reflexão comum sobre a democracia participativa e na migração. No final, na frente de mais de três mil pessoas na sala Paulo VI, o Papa falou e repetiu o conteúdo do nosso movimento. Mas ele também nos disse que precisamos dar um salto para a política, porque nós temos que mudar um sistema baseado na injustiça."

Mais do que um Papa é seu líder político. Na verdade, explica Agnoletto, "politicamente, agora há um jogo que envolve três partes: os alter-mundialistas, perto de Francisco. No meio está o establishment. Então há a direita nacionalista e racista, que cresceu onde nós perdemos."

O Papa Bergoglio é para ele o novo (e mundial) Bernie Sanders (não por acaso que ele tinha sido recebido no Vaticano durante as primárias).

O INTERNACIONAL

Ele podia ser como ja era previsível. Fausto Bertinotti já tinha insinuado. Mas Gianni Vattimo, filósofo e parlamentar da esquerda italiana que foi varrida, foi o primeiro a indicar Bergoglio como o líder da esquerda mundial, em13 de março de 2015, em Buenos Aires, no Teatro Cervantes lotado de entusiastas.

Naquele lugar Vattimo lançou a proposta de uma nova "Internacional Comunista” que também era "papista", ou seja, reconhecer Papa Francisco como seu líder, como o grande paladino na "luta de classe do século XXI", que se opõe à dominação do capital.

Isso, ao longo do tempo, tem aparecido cada vez mais provável, especialmente considerando os três cavalos de batalha de seu pontificado: o pauperismo da teologia da libertação, que o levou a substituir (feito) Jesus Cristo com novas classes mais baixas; a ideologia da emigração em massa (consulte a tese sobre "multidão" por Toni Negri) e a ecologia catastrófica da sua Encíclica ambientalista.

Sexta-feira passada, em "Time", foi o histórico católico Roberto De Mattei, que escreveu sobre esta realidade:

"Depois da derrota de Clinton, Francisco continua a ser o único ponto de referência da esquerda internacional, sem liderança. Quando, em 5 de Novembro, com o término no Vaticano do Terceiro Encontro Mundial dos chamados "movimentos populares", na presença de agitadores revolucionários dos cinco continentes. O Papa Francisco virou-se para eles, dizendo: "Eu faço meu o vosso grito!". Mas o grito de protesto levantado pelos movimentos revolucionários no salão da Sala Paulo VI, é, infelizmente, caracterizado por fanatismo ideológico ".

CATTOCOMUNISMO

O caso tem ele próprio grande significado em concomitância com este artigo por De Mattei, na "República" onde publicou outra entrevista de Scalfari com Bergoglio e desta vez foi uma entrevista totalmente política: as desigualdades de "luta" e a questão da emigração como um todo (o "migrante" suplantou a temas espirituais e a vida eterna que nem sequer foi mencionado na entrevista de Bergoglio).

Scalfari presunçosamente comentou: "este, como sabe, é o programa do socialismo marxista e do comunismo mais tarde". Bergoglio não se opôs, de fato respondeu que "os comunistas pensam como cristãos".

A entrevista foi realizada na véspera da votação americana e publicada mais tarde.

Tendo vencido Trump - ou seja, o próprio homem contra o qual Bergoglio se lançou com as suas ideias sobre a imigração - o papa argentino é lançado no cenário mundial como um antagonista moral e político do novo presidente dos Estados Unidos.

Além disso, age mais como um político do que como papa, tem muito mais interesse em questões sociais que para aquelas espirituais ou doutrinárias (que sempre trata com desprezo).

AMIGO DE REGIMES VERMELHOS

A política de Bergoglio é muito clara: È só comparar seu ataque duro (citação) para Trump com a amizade afetuosa e prontidão que sinalizou, de diferentes maneiras, aos regimes comunistas da China e Cuba.

A famosa maldição de Bergoglio "contra a economia que mata" foi lançado no Ocidente, os sistemas capitalistas, nomeadamente a Europa e a América. Não me lembro nunca de ter condenado sistemas comunistas com a mesma veemência (e sim – quanto aos assassinatos e "economia que mata" – na China e Cuba será que diria mais uma coisinha...).

De Mattei também disse que em sua última viagem à América do Sul, Bergoglio fez visível a sua simpatia para com os líderes da Bolívia e do Equador e por último em 24 de outubro até recebeu o “presidente venezuelano Maduro, também da extrema esquerda, para o qual assegurou seu apoio".

Enquanto isso não deu "nenhuma palavra de aprovação e satisfação", observa De Mattei "para o gesto extraordinário do Presidente do Peru, Kuczynsky, que, em 21 de Outubro, diante dos membros da Câmara e do Senado, consagrou seu país ao Sagrado Coração de Jesus e do coração Imaculado de Maria ".

Além disso, apesar de sua intromissão política, Bergoglio recolheu na América do Sul uma série de derrotas retumbantes. Primeiro de tudo em sua Argentina, onde o candidato presidencial, que ele patrocinou foi derrotado pelo candidato de centro-direita, Mauricio Macri, para o desgosto de Bergoglio que se expressou publicamente.

Depois, houve a derrota política (não exatamente gloriosa) de seus amigos brasileiros, Lula e Dilma Roussef (que foram os últimos símbolos do mundo à esquerda). Então, no dia 2 de Outubro, a derrota no referendo, na Colômbia, sobre o acordo de paz com as FARC que Bergoglio havia patrocinado pessoalmente.

Com a vitória do Trump nos Estados Unidos, devido a votação maciça dos católicos, Bergoglio recebe outro golpe mortal, e agora sua superexposição como a bandeira da extrema-esquerda, especialmente em matéria de migração, irá exacerbar seus problemas na igreja, onde é percebido mais como um político e um corpo estranho.

A VERDADEIRA VOZ CATÓLICA

A rejeição, nos dias de hoje, com uma frase simples: a ideologia emigracionista de Bergoglio. De apenas um cardeal Africano, Robert Sarah, um homem extraordinário que, em seu país, é um bispo heróico, que arriscou sua própria vida.

Sarah está sempre muito perto da sua África e dos pobres de onde ele vem, e ele sempre compartilha a pobreza material e a riqueza espiritual.

Hoje, no Vaticano lida com a liturgia, está muito perto de Bento XVI e é muito amado pelo povo católico por sua sabedoria cristã e sua profunda espiritualidade.

Em uma entrevista esses dias, ele, que vem de África, falou também do Ocidente: "a maior preocupação é que a Europa perdeu o sentido de suas origens. Ela perdeu suas raízes. Mas uma árvore que não tem raízes, morre. E tenho medo que o Ocidente venha morrer. Há muitos sinais. A queda da natalidade, por exemplo. E então você é invadido por outras culturas, outros povos, que gradualmente vão crescendo em número e venham mudar totalmente a sua cultura, suas crenças, seus valores. Há também, como você pode ver, isto (a) ansiedade, pela tecnologia e apenas por assuntos de dinheiro. Não há nenhum outro valor".

Fala aí um verdadeiro pastor da igreja: de um homem de Deus, não de um homem de poder (ou seja, de político).

Por Antonio Socci

Fonte: www.antoniosocci.com  via  www.sinaisdoreino.com.br

 

Veja também...

Francisco ao jornal italiano La Repubblica: Os comunistas pensam como os cristãos

Lacaios radicais de Soros compactuados com o Vaticano: Documentos revelam que inimigo escalou a parede do Vaticano e agora está abrigado atrás das portas de bronze de São Pedro

Padre Christian Bouchacourt: Sob o falso pretexto do amor ao próximo e do desejo de uma unidade artificial e ilusória, a fé católica é sacrificada no altar do ecumenismo que põe em perigo a salvação das almas

O Cardeal Burke denuncia a intercomunhão perante a homenagem do Papa a Lutero na Suécia: Este é um sacrilégio. É um dos pecados mais graves

Artigo do jornalista católico Antonio Socci: No dia da Senhora de Fátima (esquecida), Bergoglio fez com que entrasse triunfalmente no Vaticano a estátua de Lutero, o mais famoso herege, como se fosse um santo