Intelectuais católicos dizem que a situação da Igreja é tão grave que recorda a crise ariana do século IV, quando graças ao imperador, a heresia ariana conquistou quase todos os pastores e a verdadeira fé católica parecia prestes a ser varrida


19.12.2016 -

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Por Antônio Socci - Escritor e Jornalista Católico.

"Eu tenho alergias de aduladores", disse recentemente Bergoglio entrevistados pelo TV2000, acrescentando que ele prefere seus críticos e até mesmo os detratores aos bajuladores. Ele explicou: "Nós, em Buenos Aires, nós os chamamos de “lambendo as meias” e a figura é própria daqueles que lambem as meias dos outros.

Palavras falam por si. Resta entender se o pontífice argentino nestes quatro anos, fez alguma coisa para afastar de si as adulações (muitas). Seus 80 anos (hoje) fará com que toda a mídia promova as celebrações habituais (veremos  quantos aduladores), mas também produzirão balanços e são balanços desta vez de fim de temporada.

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PÔR DO SOL

Em parte porque esta é a idade canônica, quando a Igreja determinou que os cardeais vão deixar todas as atribuições e também perder o direito de participar no Conclave.

Não se aplica ao papa, mas de alguma forma a questão está no ar porque se aos (80 anos) são considerados inaptos para votar em um conclave, por maior razão o problema se coloca quando o encargo é muito mais pesado como do pontifício.

Porque depois da renúncia (ainda fresca) de Bento XVI, o Papa Francisco tem repetidamente dito que a "aposentadoria" de um papa deve agora ser considerada tão natural quanto o dos bispos (que acontece aos 75 anos). De resto, disse que tinha "a sensação de que meu reinado será breve, 4 ou 5 anos”.

Além disso, no mundo houve uma reversão geopolítica, especialmente com a vitória Trump e o desaparecimento da presidência de Obama, que foi o Marco Imperial deste pontificado (como visto durante a sua visita aos EUA, onde Bergoglio - totalmente irritual - se lançou ao ataque ao então candidato Trump).

BALANÇO

Haverá, portanto, dois tipos de balanços. Por um lado, alguns leigos que, como Eugenio Scalfari, considera o Papa Bergoglio um "profeta revolucionário” e na verdade o único papa revolucionário na história.

Por outro lado, alguns católicos que por suas (ambições revolucionárias e parece querer demolir tudo), o consideram um verdadeiro desastre e está demolindo a Igreja.

Mas pode haver uma terceira possibilidade. Entre os que vêem Bergoglio como uma espécie de "alter Christus" (ainda mais misericordioso que Jesus, que decompõe os mandamentos rígidos) e aqueles que suspeitam que o Papa argentino é uma espécie de Anticristo, há uma terceira escola de pensamento.

Há os que o vêem como um "Cristo pobre", colocado - por um certo número de forças - em um papel muito além de suas possibilidades. Quem o trouxe até este alto posto, espera que “abra “ a Igreja para o mundo, (isto é, derrube as paredes da Igreja, para que seus inimigos possam capturá-la).

Ele - com pouco conhecimento teológico e uma formação áspera, mergulhada na velha "teologia da libertação" argentina - pensa (ou quer pensar) que esta é a maneira de reviver a fé cristã, independentemente do fato de que onde foi testada a sua receita, teve um desfecho trágico e falimentar.

Encorajado pelo grande ativismo e um certo ar de autoritarismo (como ele mesmo diz), acredita ser o ponto de viragem "irreversível" para o  homem na história do cristianismo, mas o resultado que chegamos é que ele chutou a Igreja a um devastador caos doutrinal e pastoral, explodindo divisões jamais vistas.

SEM PRECEDENTE

Em um dos seus fantaracconto, apenas em italiano, o antropólogo francês Marc Augé imagina que no domingo de Páscoa de 2018, a 01 de abril, o Papa Francisco do balcão da Basílica de São Pedro - Urbi et Orbi - fará o anúncio que "Deus não existe e nunca existiu".

Teria sido impensável para qualquer outro Papa, mas para Bergoglio, o mundo secular tem esperança. Porque na verdade ele tem dito e feito o suficiente que só falta esse golpe final. Tal anúncio na verdade não está muito longe da frase que disse para Eugenio Scalfari, em sua primeira entrevista: "Não há um Deus católico".

Assim, desde já uma pergunta: "mas então Bergoglio a quem representa?" e, acima de tudo, se quer saber por que os católicos devem ir à igreja (de resto ao longo dos anos deste pontificado a prática religiosa católica está em queda livre...).

Da entrevista em outubro de 2013, mesmo deixando de lado as ideias inéditas que dá Scalfari (seu confidente), intrigantes declarações do Papa argentino teve num crescendo que agora está colocando de cabeça para baixo a toda a Igreja, forçando mesmo Cardeais de intervir publicamente para pedir ao Bispo de Roma que precise ou que corrija (poucas pessoas sabem que um Papa não pode dizer ou fazer o que ele quer Mas tem o dever sempre de reafirmar e defender a doutrina Católica, não suas opiniões pessoais, especialmente se não ortodoxas).

Nestes dias, por exemplo, ele disse outra. Quinta-feira passada, falando aos doentes, ele disse: "Deus é injusto? Sim, foi injusto com o seu filho, mandou-o na cruz. "

Uma afirmação que tem causado confusão entre muitos fiéis que consideraram blasfema (como suas outras frases anteriores). É melhor dar interpretação benevolente, isto é, a pensar que era um lamentável mal-entendido.

Reconhecendo o seu contínuo estrago – com pouco conhecimento teológico e sem profundidade espiritual – se aventura a falar de improviso em temas delicados. Além de pura zombaria ataca duramente os católicos fiéis à doutrina da Igreja contra a qual tem cunhado de inúmeras expressões.

BECO SEM SAÍDA

Seus alvos são principalmente aqueles bispos e cardeais que - fiel ao seu papel - estão tentando ajudá-lo a encontrar o caminho, especialmente com o famoso "Dubia" relacionadas com aquelas da "Amoris laetitia" que está causando ansiedade e confusão entre o povo cristão.

Bergoglio se recusa a responder ao pedido de esclarecimentos dos cardeais e reage com uma dureza inexplicável. Evidentemente, neste caso, prefere bajuladores que lhe pergunta - questões sérias e necessárias - respeitosamente.

Alguns intelectuais católicos escreveram que a situação da Igreja é tão grave que recorda a crise ariana do século IV, quando - graças ao imperador – a heresia ariana conquistou quase todos os pastores e a verdadeira fé católica parecia prestes a ser varrida.

É certamente excessivo. Mas a confusão é galopante e há um sentimento que Bergoglio foi levado para um beco sem saída, não querendo mais falar com a Igreja que pede a confirmação da fé.

Restaram apenas temas políticos pelos quais a sinistra esquerda globalista o considera um líder. O mesmo Andrea Riccardi, seu fã ontem no "Corriere della Sera", observou que - ao contrário de Trump - "Francisco constitue num referencial alternativo: da ecologia, migração e economia."

Assim, a Missa é terminada, continua a política.

Fonte: www.antoniosocci.com  -  Enviado pelo amigo Vitor Hugo

 

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